Jeniffer Modenuti
Resenha: A atualidade do racismo na Cidade de Deus
Resenha: Cidade de Deus (2002) Por Nicoly Schindler Filme: 2002/ Brasil/ 2h 10min / Drama, Policial Direção: Fernando Meirelles, Kátia Lund Elenco: Alexandre Rodrigues, Leandro… Continue a ler »Resenha: A atualidade do racismo na Cidade de Deus
Resenha: O Racismo Estrutural está em todo o ódio que você semeia (com spoilers)
Por Thaisa Mariano Alves O ódio que você semeia Livro: 2017 / EUAAutora: Angie Thomas N° Páginas: 378 Filme: 2018 / 2h 13min / Drama… Continue a ler »Resenha: O Racismo Estrutural está em todo o ódio que você semeia (com spoilers)
Infográfico: Quem foi Florestan Fernandes
Salve, salve! Neste infográfico trago para vocês informações sobre o ilustríssimo pensador brasileiro, e um dos nossos maiores sociólogos: Florestan Fernandes. Para saber mais sobre… Continue a ler »Infográfico: Quem foi Florestan Fernandes
Plano de Estudos Semanais para Download
O Click Sociológico elaborou três modelos de planos de estudos que você pode usar para se organizar nessa quarentena.Confira! Click Aqui Para Download (modelo 1)… Continue a ler »Plano de Estudos Semanais para Download
Curso em Direitos Humanos com Certificado
No último 19 de junho Malala Yousafzai comemorou sua formatura em filosofia, política e economia pela Universidade de Oxford, ao lado de sua família, que estão com… Continue a ler »Curso em Direitos Humanos com Certificado
Infográfico: Tipos de Trabalho Formal, Informal, Autônomo e Outros
Nesse infográfico você vai ver as principais modalidades de trabalho: formal, informal, autônomo, freelancer, empresário e profissional liberal. Logo mais tratei outro infográfico com outras… Continue a ler »Infográfico: Tipos de Trabalho Formal, Informal, Autônomo e Outros
7 Canais do Youtube Incríveis para os Estudos
A quarentena acabou me levando a criar um canal no Youtube para poder postar vídeos que complementassem as atividades e aulas que o Estado do… Continue a ler »7 Canais do Youtube Incríveis para os Estudos
Os Melhores Podcasts Indicados pelo Click Sociológico
Hoje eu trago uma dica fundamental para quem quer se manter atualizado! E também para quem precisa estar bem informado porque objetiva prestar vestibulares, Enem… Continue a ler »Os Melhores Podcasts Indicados pelo Click Sociológico
Racismo Estrutural
Salve, Salve! Juventude! O Segundo post dessa semana também vai abordar uma das problematizações que estão em alta por esses dias: O RACISMO Mais especificamente,… Continue a ler »Racismo Estrutural
Sobre a Tirania: 20 lições do século XX de Tymothy Snyder e o que é o Fascismo
Olá pessoal! O post de hoje é uma dica de leitura Como estamos vendo muita gente falando sobre Fascismo, vou deixar com vocês a indicação… Continue a ler »Sobre a Tirania: 20 lições do século XX de Tymothy Snyder e o que é o Fascismo
Atendimento dos alunos no Classroom
Atenção estudantes! Segue o planejamento por dias em que farei o atendimento no Google Classroom. Os atendimentos se iniciam às 9h30. Participem das discussões do… Continue a ler »Atendimento dos alunos no Classroom
Imaginação Sociológica
Raramente temos consciência da complexa ligação entre nossas vidas e o curso da história mundial, e mesmo assim somos a todo os momentos bombardeados por… Continue a ler »Imaginação Sociológica
As Principais Características do Capitalismo
Neste resumo você vai encontrar as principais características do capitalismo e seu maior ponto de crítica. Para saber mais acesse o Politize! que oferece para… Continue a ler »As Principais Características do Capitalismo
O Popular, o Erudito o de Massa na Cultura
Assista ao vídeo do Click Sociológico no Youtube
Já vimos que cultura é toda a forma de saberes e conhecimentos, transmitidos de geração em geração, assim como todos os bens, artefatos, valores, crenças, costumes e instrumentos que são produzidos pela humanidade. A cultura pode assumir a forma material e imaterial.
Mas para além disso, a cultura pode se apresentar em diferentes tipos. E esse se dividem em três categorias: o popular, o erudito e o de massa. Esse tipo de categorização da cultura está relacionado ao seu contexto de produção e reprodução, e quais são os grupos sociais que são seus principais produtores.
Por muito tempo essas categorizações foram usadas para hierarquizar as culturas populares e eruditas, tratando a cultura popular como inferior, de segunda categoria, por ser originada do povo. Isso acontece porque existe uma tendência preconceituosa em se confundir educação formal com cultura. Muita gente pensa que só porque alguém estudou mais, tem mais títulos, escuta música clássica por exemplo, tem mais cultura que pessoas que não tiveram o mesmo acesso a educação ou que escutam a música que toca na rádio. Isso não é verdade!
Todos temos cultura, independente de nossa origem, da cor da pele, do idioma ou da religião, cultura é algo essencialmente humano, e não existem cultura melhor ou pior, nem alguém mais aculturado ou menos aculturado. Acreditar nisso é engano, e preconceito.
Então diferenciar os tipos de cultura é uma forma de compreendermos seu contexto de produção, e os aspectos sociais, ideológicos, econômicos e políticos que permite eles serem reproduzidos no nosso cotidiano.
Na cultura popular, o contexto de produção é simples, não exige grande elaboração técnica ou científica, podendo ser produzida por classes mais baixas ou médias. Muitos bens culturais populares saíram das tradições indígenas, africanas, afro-brasileiras ou dos imigrantes. Por isso é comum observamos que a cultura popular tende ao resgate das raízes do povo, de sua história, de seus valores. Vemos isso nos trajes, danças, canções e festivais típicos que são mantidos pelas diferentes tradições. O folclore que mistura vários aspectos da nossa matriz étnica e da relação do indígena com a terra é um exemplo disso. Assim como o maracatu, o frevo, o samba e a capoeira também. A literatura de cordel é um outro exemplo. Brincadeiras como passa anel, pelada de rua, escravos de Jó, ou cantigas e cancioneiros que aprendemos quando crianças. A religiosidade também se encontra nesse campo da cultura popular.
Hoje o samba é reconhecido enquanto cultura tanto quanto a música clássica. Mas não foi sempre assim. O preconceito e o elitismo já fizeram que o samba, assim como o jazz nos EUA fossem relegados a uma sub categoria de cultura, à inferioridade. Nos últimos anos vimos o funk enfrentado esse estigma, por suas origens populares, ele ficou muitos anos marginalizado, e ainda é comum ouvirmos discussões sobre ele não ser um produto cultural ou não poder ser considerado música.
A cultura erudita se relaciona essencialmente aos elementos estéticos e artísticos da cultura produzidos e apreciados por uma elite intelectual, que diferencia determinadas produções textuais, teatrais, musicais ou plásticas como clássico ou erudito. Ela depende de maior investimento econômico, elaboração técnica e e científica, bem como de domínio para ser produzida. Esse tipo de cultura foi muito usada como critério de distinção de classe social, uma vez que seu acesso, por muito tempo, era restrito a grupos da nobreza ou burguesia. Esse tipo, restritivo, era produzido pela elite para a elite, justamente por ser visto, no passado, como uma forma superior e melhor de cultura. Música clássica – sua apreciação e domínio de seus instrumentos, o balé, o conhecimento vasto de literatura, frequentar museus e óperas, compreensão de técnica artística como desenho, pintura e escultura, o conhecimento de diferentes idiomas, por exemplo, podem ser considerados campos da cultura erudita.
Os conceitos de popular e o erudito são tomados como opostos. Tradicionalmente, esses termos são carregados de ideologias. Ao citar essas palavras em determinados contextos, já se revela a natureza do discurso. Trata-se de dois polos extremos de um pensamento dicotomizado, maniqueísta e tendencioso (…)
Peter Burke cunhou o termo “biculturalidade”, para expressar o quanto os membros das elites conheciam e participavam da cultura popular, ao mesmo tempo em que preservam sua cultura. Com esse pensamento Burke expressa que existem sujeitos sociais que trafegam por diversos modelos de cultura, sem se alienar de seus próprios valores culturais
Na cultura dita como erudita as práticas que pelo seu domínio podem ser encontradas nas academias científicas, bibliotecas, conservatórios musicais, dança clássica, etc., que selecionam o material e impõem regras rígidas e complexas elaborações. Os produtores da chamada cultura erudita fazem parte de uma elite cultural cujo conhecimento é proveniente do pensamento científico, dos livros, das pesquisas universitárias ou do estudo em geral (erudito significa que tem instrução vasta e variada adquirida sobretudo pela leitura). A arte erudita (a música clássica, a ópera, o balé, o teatro, as artes plásticas etc.) é produzida visando museus, críticos de arte, propostas revolucionárias ou grandes exposições, público e divulgação.
Roger Chartier e Peter Burke são pensadores que promovem uma intensa discussão sobre a validade dos termos cultura “popular” e “erudita”, na medida em que elas poderiam indicar uma perspectiva reducionista das dinâmicas formadoras da identidade cultural dos povos.
A cultura de massa vem se delineando desde o século XX, com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, como a televisão, o rádio, e hoje, com a internet. A mídia é a principal fonte de propagação e reprodução dessa cultura. E ela possui uma particularidade: é um tipo de cultura produzida para a indústria cultural. Ou seja, ela não traz em si nenhum traço de tradição, ou valor ou saberes. Também não importa qual o grau de técnica e conhecimento necessário para a sua produção. O que importa para a cultura de massa é que ela venda.
A cultura de massa consegue juntar aquilo que tem de mais rentável da cultura popular e erudita e transformar isso em mercadorias que serão vendidas pela indústria cultural. E essa, por sua vez, é uma forma de se fazer cultura esvaziada de valor, cujo objetivo é o lucro gerado ao capitalismo. Se a pelada de rua é uma cultura popular, as grandes partidas padrão FIFA, com todos os seus produtos vinculados, desde camisetas, colecionáveis, games, meias e cuecas são cultura de massa que são vendidos pela indústria cultural.
Se Leonardo da Vinci, em toda sua genialidade renascentista pintou Monalisa para ser uma obra de arte única, a cultura de massa conseguiu reproduzir milhares e milhares de “monalisas”, em todas as formas, cores e estilos. Não importa a qualidade, nem os valores ou a tradição, apenas que venda e gere lucro.
Temos então três tipos de cultura, e cada uma com seu contexto particular de produção. Em nosso cotidiano nos deparamos com elas a todo o momento, algumas com mais frequência que outras, e que no final não existe cultura superior ou inferior, apenas formas diferentes de se produzir e reproduzir cultura.
Samba: traço típico da identidade cultural brasileira |
Vamos Falar Sobre Cultura?
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Dúvida do Leitor: o Estado para Marx
Dúvida: queria tirar uma dúvida a respeito das teorias de Marx. Estaria correto dizer que ele defendia que a sociedade deveria ser igualitária e que… Continue a ler »Dúvida do Leitor: o Estado para Marx
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A caça é um elemento do modo de produção primitivo Os modos de produção referem-se à maneira pela qual os seres humanos produzem coletivamente os… Continue a ler »Infográfico: os Modos de Produção nas Diferentes Sociedades
Durkheim: Método e Visão de Sociedade
No 3º vídeo da sério “Sociologia na Quarentena” vamos falar sobre como o psicólogo, filósofo e sociólogo francês Émile Durkheim definiu as regras do método… Continue a ler »Durkheim: Método e Visão de Sociedade