Nos seus estudos de Sociologia é bem possível que você tenha sido apresentado a Charles Wright Mills (1916-1962). O professor e sociólogo americano lecionou na Universidade de Columbia de 1946 até sua morte e contribuiu com obras essenciais para as bases da perspectiva sociológica.
Preocupado com a responsabilidade dos intelectuais e com as relações de poder e elites políticas, militares e econômicas, teve seus estudos e publicações bem populares entre as revistas de renome nos EUA.
📌 Mas sua obra de maior peso é “A imaginação sociológica”, de 1959, em que Mills relaciona a importância de pensarmos o indivíduo inserido dentro do seu contexto amplo: social, político, cultural, econômico e histórico. Essa é a relação entre biografia e história: cada indivíduo é resultado de uma construção histórica.
Nesse mesmo livro Mills chama a atenção à importância dos intelectuais não abandonarem a reflexividade e a criatividade em seus estudos, pois é possível analisar criticamente a realidade e ainda assim ter sua reflexão estimulada.
🔸Mills também foi crítico da linguagem cientificista, que por ser muito complicada, afastava o grande público, dificultava a divulgação científica, e afastava o intelectual dos debates públicos. Para Mills o intelectual precisava ser orgânico: engajado com as questões públicas e políticas de sua época. Para o sociólogo, as ciências sociais deveriam buscar responder aos problemas sociais sem se focar em ficar construindo uma “grã teoria”, a exemplo dos clássicos, como Marx, Weber e Durkheim.
📚 Obras Principais:
1948, O Poder dos Sindicatos
1951, As Classes Médias na América do Norte
1953, Carácter e Estrutura social, em colaboração com H. Gerth
1956, A Elite do Poder
1959, A Imaginação Sociológica
1960, Escuta Yankee
1963, Poder, política, povo