Por Jeniffer Modenuti e Marcela Mari F. Arai
Durkheim via a vida social como essencialmente moral, na qual cada indivíduo de cada coletividade obedeceria e desejaria a moral que se estabelece em sua sociedade.
É apenas na sociedade que os indivíduos se concretizam, deixando de serem humanos caso abandonem a vida em coletividade.
Para Durkheim, as instituições estabelecerão uma base para as relações sociais e as atividades econômicas, regulando os conflitos de interesses na sociedade. Ou seja, elas exercerão papel determinante nos comportamentos dos indivíduos.
É da relação entre instituições (possuindo uma função intermediária) com o Estado que surgirá a ideia de liberdade individual.
A concepção de homem livre subentende que o indivíduo estará sujeito às regras, à moral, obtendo como propósito a coletividade, a sociedade como o seu fim.
Religião e Moral
A religião, segundo Durkheim, seria a representação da própria sociedade idealizada, é produto da vida coletiva. Para ele, as crenças (estado de opiniões e representações) e os ritos (comportamento) seriam fenômenos religiosos, que estabelecem as normas de conduta individual e coletiva. Nos quais classificariam em duas categorias: o sagrado e o profano.
A religião está, pois, pautada em torno a moral que regule a vida dos indivíduos ao mesmo tempo em que é considerada necessária e imprescindível. Na concepção dos homens, o sagrado e profano seriam gêneros incompatíveis, assumindo uma posição dualista.
O uso dessas ideias de sagrado e profano ordenam o comportamento dos indivíduos e da coletividade, em busca da coesão social e maior solidariedade entre os indivíduos. As cerimônias religiosas serão fundamentais para que se mantenha uma solidariedade, à medida que essas cerimônias estabeleciam uma maior proximidade entre seus membros, obtendo um maior contato.
O indivíduo que estiver firmemente aderido ao corpo social, irá partilhar das ideias que compõem esta sociedade. Onde o respeito aos valores de sagrado e profano manterá a solidariedade e também repreenderá que ignorar a estas regras.
QUINTANEIRO, et al. Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG. 2002.