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Indústria Cultural: Walter Benjamin

O QUE PENSA WALTER BENJAMIN?

 Por Ana Flavia Maciel

Walter Benjamin

Em contrapartida a teoria de T. Adorno e M. Horkheimer, outro autor também ligado à Escola de Frankfurt é Walter Benjamin (1886 – 1940). Esse autor continha uma concepção diferenciada do papel da indústria cultural. Para ele, a revolução tecnológica do final do século XIX e início do século XX não acabou com a cultura erudita, como pensavam os autores T. Adorno e M. Horkheimer, mas alterou o papel da arte e da cultura.
            Para Benjamin, a possibilidade de reprodução técnica das obras de arte retirou delas seu caráter único e mágico. Possibilitando, assim, que elas saíssem dos palácios e museus e fossem conhecidas por milhares de pessoas. Por exemplo, você já conheceu alguém que tinha os quadros de Monalisa ou da Santa Ceia de Leonardo da Vinci em sua casa? Então, foi na Indústria Cultural que permitiu que todas as pessoas pudessem tê-las, assim como ouvir uma sinfonia de Mozart ou Beethoven quantas vezes quisessem, entre outros. Ou seja, a indústria cultural ampliaria o horizonte de conhecimento das pessoas.
            Para Benjamin há uma democratização da arte. A possibilidade de copiar o que se produz é a possibilidade de levar cultura para um maior número de pessoas. Outro exemplo, a fotografia possibilitou que se observasse um quadro de um museu distante, sem a necessidade de o observador ter de se deslocar, assim como o cinema. Mesmo a fotografia e o cinema sendo um fragmento do olhar de quem estava por trás da câmera é possível levar esse pedaço do mundo para outras pessoas.

Além disso, com o avanço tecnológico, é possível que mais pessoas tenham acesso às ferramentas para a produção cultural. O barateamento da tecnologia permitiu que muitos artistas gravassem em estúdios improvisados nas suas garagens e quartos. Hoje, o computador é uma dessas grandes ferramentas que possibilitam uma abertura para o mundo, democratizando o acesso à cultura.
REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Maria Teresa Cardoso. Telenovela brasileira e Indústria Cultural. In: <http://www.portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/revistaintercom/article/viewFile/446/415>. Acesso em: 22/11/2015.
COELHO, T. O que é indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988
NÓBREGA, J. F. Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro, 1965.
OLIVEIRA, P. S. Introdução à Sociologia. Ática. São Paulo, 2001.
TOMAZI, N. D. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993Apostila Sigma Extensivo, 2010.
Indústria Cultural. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/filosofia/industria-cultural.htm>. Acesso em 11/11/2015.
Indústria Cultural e Manutenção do Poder. Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2011/02/industria-cultural-e-manutencao-do-poder/>. Acesso em 11/11/2015.