A cooperação entre o Movimento dos Artistas de Rua de Londrina e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra traz cultura, informação e produtos de qualidade para a cidade.
O I feirão da resistência e da reforma agrária ocorreu no último 10 de junho, em meio à programação da 3º mostra do MARL. Reuniu pequenos produtores rurais de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) da região de Londrina, além de artistas de ruas e artesãos da cidade.
Produtos orgânicos de qualidade, beleza e aroma preenchiam o galpão do MARL em meio aos artistas que apresentaram diferentes produções: teatro, dança, músicas e oficinas que alegravam o espaço do Movimento dos Artistas de Rua de Londrina.
Vegetais variados, frutas da época, compotas e conservas, pães e doces, inclusive bebidas foram comercializadas. Os produtos se destacavam por serem livres de agrotóxicos, mas também por sua beleza e preços populares. A simpatia do atendimento era outro realce da feira.
A palavra era cooperação. Nas diferentes bancas de produtos da agricultura familiar o discurso era o mesmo: “nós nos ajudamos”. A colaboração entre os assentados e produtores era evidente. Segundo os que estavam presentes, os lucros com os produtos vendidos seriam depois repartidos entre os que produziram.
O produtor rural disse esperar que possa retornar nos próximos meses, e que além de vender os seus produtos e de seus parceiros de luta, torce para que a feira possa trazer mais visibilidade ao movimento. Segundo ele há grande preconceito contra as pessoas que lutam pela reforma agrária, e muitos não estão abertos a querer ver o lado do pequeno produtor. Ele observou que havia vários jovens, e esperava que estes ajudassem a mudar a visão negativa que prevalece sobre os assentamentos, com visibilidade e informação.